A chuva reveste o chão da vida
Regando as sementes do sertão da alma
Lá longe, onde o céu acha as estrelas
Nas proximidades dos grãos da areia
A chuva lava a alma das rosas
Mata a sede do mar salgado
Molha o rosto do jardim dos outros
Assim como a nossa face torna-se refrescante
A chuva é um choro incolor
Naufraga no asilo de nossos pensamentos
Escoa pelas feridas abertas da contemplação
Faz umedecer as pedras do caminho
A chuva é o molde e a sutura
As vestes da relva do campo
É nossa herança erguida nas colinas do tempo
É o alimento rarefeito da nossa esperança
CLAVIO JUVENAL JACINTO
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