Na quietude emerge a plenitude
Na ausência dos ruídos o âmago do sossego
A épica tranqüilidade responde
Onde cada estrela se acende e brilha na noite
Até na essência da madrugada cintila e em labor
A destilação imaculada do orvalho
No silencio desabrocham as flores
Os frutos amadurecem nos pomares
Aromas e perfumes são discursos nos ares
Até nas profundezas térreas dos mares
As ostras perlíferas moldam as perolas
Num sofrimento sem gritos
A alma de todos as angustias sufocadas
No silencio o sol alumia
Como um farol cósmico em oceanos austeros
A réplica dos cumes num eco insólito
Sem ressonâncias sonoras
Como o floco na neve branda
A geada que repousa sonolenta na relva
Preciso também do silencio
Para adormecer e viver meus sonhos.
C. J. Jacinto
0 comentários:
Postar um comentário