Poderia imaginar um mundo sem guerra
Mas o frugal fogo belicoso rasteja
Nas partes térmicas frondosas da terra
Alparcas rasgadas
Trilhos imberbies colinas parcas
Mar salgado em furia
Sulfurico respirar de trovões
Colinas em fuga ecos e furacões
Ribombar de canhões
Nesse intrepido naufragio titanico
Nesse poema enorme dantesto
Nos sacorcofagos e sombrios afrescos
Do céu ácido e a quinta o terraço
Nos batimentos cardíacos do aço
Que medo meu Deus do futuro
No cais desse arroio de sarcasmos
Crianças correndo ao esmo
Baldías conciencias obscuras
Atrás debalde a torrente conjecturas
meu Deus quantos devaneios
Nesse expurgo infertil a dor
Das narinas na noite a fuligem
Do ímpeto o deserto a estiagem
A calamidade voraz
O pão partido da paz
Afogado nas magoas subornadas
No palco o teatro delitos
Nos espasmos do sufocado grito
meu Deus, tenha misericordia de mim
Que jaz furta minha indigencia
Na face rugada da indiferença
Sossego entre afiadas lanças indumentárias
Meu palácio de risos se desfazem
Como a sarça que o fogo implode
No tear da mascara de meu decoro
Enfim virei humano
Perante a guerra meu Deus
Eu choro.
Clavio J. Jacinto
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