Atrás da
noite valente
Astros
rutilam nas náuseas escuras
Entre olhos sonâmbulos
Escudos de
chagas ataduras
No império de
sombras preâmbulo
Dos contos
assombros sem ternura
Da quinta as
daninhas, enredo
Suportam o
peso das colunas do medo
Minha alma
trêmula
O fogo fátuo
inflama
Calafrios os
lençóis na cama
Sombras tênues
de invernais
Sopro de
ventos astrais
Quais portuárias
madrugadas do além
Com sustos pródigos
desdém
Suores na
face escorrendo
Quando a
alma dentro se contorcendo
Como pássaro
que deseja ir embora
Fuga em insônia
da gaiola pra fora
As pernas
frugais e amortecidas
Parece até o
começo do fim da vida
Mas
Ai de mim
Do brio
astro que no nascente nasceu
O dia
amanheceu
Suspiro
profundo susto aliviado
Pois nas
manhãs fogem sombrias
As sombras
nervosas da noite fria
No meu rosto
o sorriso destila
Finda
escuridão
A luz
potente em mim já brilha.
C. J.
Jacinto
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