O NOIVO ATRÁS DA TEMPESTADE
Quando meus sonhos partirem para a terra devassa
Onde as rosas não desabrocham e não doam fragrâncias
Ali no vale de todas as ruínas humanas eu clamarei
Como as chuvas que açoitam as relvas solitárias
Estarei tecendo a tapeçaria de meus gritos angustiantes
Quando meus pensamentos encontrarem repouso
Onde as petúnias se agregam em ornamentos eternos
Ali no chão intrépido de meus medos adormecidos
Como troncos de orvalhos caídos em florestas escuras
Estarei compondo a
canção de minha despedida
Fui homem que passei por esse mundo tão sofrido
Embarquei na nau de dores e alegrias nesse mar bravio
Procurei seguir a alva que me desse destino seguro
Pois encontrando nas núpcias vitais da estrela da manhã
Achei no fim a rocha, na noiva que segui ao porto seguro.
Clavio J. Jacinto
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