I
Da copa da árvore mais
frondosa
A folha se desprende
para fora
Ligada á vida em raízes
audaciosas
No abandono de si mesma vai embora
II
Se o grito vento com
seus ruídos e brados
Invisíveis mãos
que carregam a esperança
Da folha solta que
livre e sem fardos
Percorre a solidão do
espaço de distâncias
III
Aprendeu a folha a
viver tão desprendida
Sem escolha ao destino
que aceita
Pois o vento em seu ímpeto
de força desmedida
Segue levando à folha a
montanha espreita
IV
Assim somos nós no tumulto ansioso
Devemos fazer a entrega
incondicional e a sós
Para alguém que como o
vento impetuoso
É Divino e mais forte
do que todos nós.
(Clavio J. Jacinto)
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