Vi minhas lagrimas no espelho da vida, nuvens de eternas
montanhas, floridas de tantas saudades passageiras, jardim de meus consolos e
sorrisos. Ah meu Deus, a vida pegou carona com os relâmpagos!
Fui arrastado por gemidos do meu coração, as ancoras dessa
alma naufragada nos esquecimentos de minhas ternuras, nessas feridas untadas
pelo orvalho polvilhado na face de minhas agonias.
Nos sonhos pintei as cores de um arco-íris noturno, chuvas
desses lamentos que das nevoas de meus
gritos, sucumbe meu coração, flutuando nos perfumes dessa primavera de pétalas machucadas.
Sei que dos montes dessas andanças solitárias, cruzei o
limiar de todas as letras, para escrever meus sentimentos, mas na solidão da
alma, pousei na relva, para tornar-me réu, prisão perpetua; diante de vossos olhos...
Clavio J. Jacinto
0 comentários:
Postar um comentário