A vida só exige de você a força que você possui. Apenas uma façanha é possível; não fugir.
Dag Hammarskjold
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
Caminhos da Admiração
Se eu adormecer
No jardim da admiração
Não despertem-me
Para a vida do agora
Porque a admiração
Conduz a alma
Para o que é
Infinitamente imensuravel
CJJ
Se Chover
Se chover hoje
Eu também choro com as nuvens
Como se o céu descesse em prantos
Numa poesia liquida que afoga
Todos os dissabores desse mundo doido
Se chover hoje
Tambem chorarei com a relva
Nesse mundo selvagem sem lógica
Que cava o próprio abismo sem fundo
Para nele encontrar o nada
Se chover hoje
Armo o guarda chuva e durmo
Nesse orbe úmido não ando
Prefiro olhar pela janela da solidão
E ver meu roste refletido nas palavras
Mas se não chover
Desarmo minha alma
Me derramo ao vento
Porque o norte sopra suave
Para levar o o que resta das palavras.
CJJ
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
Sonhar e Viver
Sonhar e Viver
Sonho a vida e vivo
Uma vida sonhando a cor
De todos os mares
A vida é uma subida, um silencio
Uma saudade
Uma suposição, um saga
É tudo e muito mais
O sonho da vida
É um universo fechado
Um oceano de todas dimensões
Um vasto vale ao lume
É infinitamente belo
Quando brilha todas as cores
Do verdadeiro amor
CJJ
A Lampada da Jornada da Vida
Vou caminhando nessas paginas
O tempo é um livro
Escrito por minhas aspirações
Nele encontro tantos personagens
Uns deixam feridas
Outros deixam saudades
Poucos deixam um fogo aceso
Aquele necessário
Para que a lampada de nossa esperança
Continue acesa
Durante todo o trajeto
Até o fim da jornada
No ponto final da nossa breve
História...
Clavio J. Jacinto
Um Clamor na Noite
Subi nos degraus da noite
Esse desenho de sombras sem luz
Tocar os alicerces do faz de conta
As estrelas mimadas em cântaros de amor
O brilho que derrama o óleo da consolação
Eu subo a escada de carmesim
Os firmes fundamentos da ultima esperança
A lua que enche as nuvens de fogo
O espelho do mar, estilhaços de risadas das ondas
Onde meus pés flutuantes agarram as gotas de chuva
Quando estiver La encima
Bem perto da porta de Orion
Ouvindo a trombeta do mistério perene
Derramarei meus rios espirituais em choros
A alegria deixou de ser sonho sem dó
Para tornar-se um amplo campo de roseiras
Onde minha alma misturada com supernovas
Percorre o infinito sem os grilhões do egoísmo
CJJ
O Clamor de Uma Saudade
Vi a saudade
Chorando, sentada
Na calçada
Com as mãos sobre a face
Tristes lamentos
Sufoco nas nuvens
A saudade estava sentido
Falta
De um grande amor
Vi a saudade
Chorando em pé
No topo das estrelas
Com as mãos levantadas
Tocando um cardume
De estrelas
A saudade estava alegre
Tinha o alento
Do impossível
Clavio J. Jacinto
terça-feira, 27 de setembro de 2016
Rio Acido
Que mistério mundo (infante)
Mares lógicos e ondas aritméticas
Caos do pensamento, a arca de gelo
Onde repousa vossas (ilusões) terrenais
Pouco e tantos dissabores (vãos)
A luz tocando as estrelas
Eu, em mil pedaços de sonhos
Mergulho na imensidão do (nada)
Que sentido a vida (tem)
Tantos pálidos oceanos transparentes
Como a nevoa de vidro
Que se desmancha nos olhos (meus)
Assim sou eu, tão dissipado na (rua)
Como barco sem vela, espelho sem asas
Debulhando grãos de lagrimas acidas
Como se o coração fosse um rio (sulfúrico)
Clavio J. Jacinto
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
O Ser Solido
Abraçou-me este inverno
Entrou dentro de mim
Essa geada cruel
Que me importa
Sou choro, linfa derramada
Nas corcundas das montanhas
Sou pó de Esmirna
Esmalte da noite fria
Sou gelo dentro de mim
pobre invernal
Carregando uma alma
Endurecida
Clavio J. Jacinto
As Névoas e a Sombra da Cruz
Por onde vou nesse caminho
Onde a sombra da cruz
Segue meus passos
Na jornada vou entre os lírios
Se a noite chega em sossego
Eu sigo os passos do mestre
Entre vales e o Calvário
A luz acesa no tabernáculo
As névoas chegam na aurora
A noite o véu da escuridão
Entre as lampadas da noite
O fulgor da estrela da manhã
Eis eu, por entre pedras, peregrinar
Na via solitária do deserto
Na pobreza da fraqueza de seguir
Até chegar aos pórticos celestes
Em tantas lágrimas recolhidas
Espinhos que me abrem feridas
Sinto a mão de DEUS
segurando minha alma sofrida
Sou a palha da estrebaria
A tabua e a telha envelhecida
Mas dentro desse pobre coração
Cristo também resolveu nascer
Clavio J. Jacinto
A Lua Acesa
A luz da lua fica acesa
Enquanto durmo tranquilo
No relento da vida
Em meio ao capim seco
Do prado gelado
Sonho sapiente
Em meio as correntezas
Do vento
Num rude imaginário
De que todos planetas
Perderam sua orbita
Dentro do meu coração
Clavio J. Jacinto
O Monturo
Erguei-vos do vosso monturo
Dessa sepultura (fria)
Oh! pobres almas desconsoladas
Todos os dias (choram)
amargamente
A perda de uma parte
(De vós mesmas)
Porque a saudade
Não tem o poder de
Ressuscitar (os mortos)
Clavio J. Jacinto
sábado, 24 de setembro de 2016
Caminhos Estelares
Descanso na periferia das estrelas
No caminho que vai para Damasco
Na beira leste do topo do Danúbio
Resgato dos regaços, os espinhos de Jezreel
Bebendo da seiva doce
Dos Lírios dos vales de Israel
Descanso na luz da lua
Subindo na escada de Jacó
No sul das flores rosadas
Onde os rios desmancham as cores
Bebendo água pura de açúcar
Para acalmar o grito de meus temores
Clavio J. Jacinto
O TESOURO DAS AFLIÇÕES
O
Valor das Aflições
Se
sofreres e persiste em viver
Com
um sentido em querer existir
Amando
teus queridos
Mesmo
em dor causticante e tão ferido
Amarras-te
ao amor e não soltas
Mesmo
que o mundo dê tantas voltas
Insiste
em navegar nessa vida
Mesmo
remando contra todos os ventos
Ainda
que desçam todas as nuvens de lamentos
Suportas
as afrontas do teu destino
O
furor das aflições e seus desatinos
Por
tantas vezes suspiras em exclamações
Sufocando
lá dentro, as tuas aspirações
Tenha
coragem pra tudo enfrentar
Sem
deixar teu coração desmoronar
Porque
as estrelas precisam da noite
As
rosas do esterco
As
macieiras do duro frio
As
perolas do sofrimento
Resiste
a tudo e verás
Que
o brilho da tua existência
Foi
feito de dores feridas
Por
tua rara e tão brava resistência
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
Lume e Luminares
Os luminares da manhã (Despertam)
Como selos que levam a mensagem
De que o lume renova a esperança
Há um caminho na multidão
Com os rastros das estrelas que seguiram
Eis o reflexo polar (Transmitindo) luz
Nos sentimos só, nessas planícies
A alma (brada) uma dor de existir
Somos únicos, e o poente é o nosso presente
Clavio J. Jacinto
Amando a DEUS
É amando que construímos o caminho do temor, e é temendo a Deus que subimos os degraus da vida elevada
CJJ
Adversidades e Sabedoria
A medida da sabedoria de uma alma está na capacidade de extrair o útil da adversidade.
Clavio J. Jacinto
Clavio J. Jacinto
Compaixão e Amor
O amor sempre produz a verdadeira compaixão, e a verdadeira compaixão é feita de atitudes e não de sentimentos.
Clavio J. Jacinto
As Montanhas e o Coração
As Montanhas e o Coração
As montanhas possuem cume
Ígneas fontes que levam ao lume
Possuem mistérios indecifráveis
Flores exóticas e aromas inefáveis
Possuem regaços e vales escuros
Seixos e vertentes, basalto duro
As montanhas possuem uma definição
São indomáveis limiares na elevação
Berço das chuvas rudes e apavorantes
Portal das sombras e
seus instantes
Frutos maduros em branda doçura
Folhas livres de outono, in natura
As montanhas são azuis e verdejantes
Rochas purpúreas, esmeraldas infantes
São rastros escritos na suspensa neblina
Selva selada, jardim selvagem que nos fascina
As montanhas possuem o coração gelado
Reino lírico, hermeticamente fechado
Clavio J. Jacinto
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Folhas e Estações
Quando uma arvore permite
Que suas folhas caem
Ela não chora
Mudança de estações
Geralmente exigem
Desprendimentos radicais.
Clavio J. Jacinto
RESPIRO VITAL
Respiro Vital
Ofegante o vento sopra
Leva (sem dó) as folhas
Viagem ao desconhecido
Épico destilado nas sombras
Os espinhos são os olhos
O ramo retorcido, a boca
A areia o respiro da vida
Nesse ermo desidratado
Nesse caminho sinuoso
As margens (insólitas) refletem
Os sóis escondidos na chuva
Adormecidos, na relva seca
Os flácidos flancos das dunas
São restos de epopeias cruas
Nós, retorcemos a alma
Adormecemos na palha vã
CJJ
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
contritum vitae
O momento que se refaz
Mas quebradas das esquinas da vida
São (meros) cacos simetricos
De um relogio de infortunios
Cada herói do
(coração)
Se unta com o sangue das feridas
Mas do monte (santo)
Extrai-se as pegadas de uma certeza
A vera condição de devemos ir
Prosseguir é o único caminho
Pois nesses (imerecidos) caminhos
Somos cacos colados, de tantas quedas
Vitais
A Menina e a Bolha
Uma pobre menina
(toda) feliz
Brilho vivo nos olhos
Espanto (inocente)
Boquiaberta viu voo
Da sua bolha de sabão
Intrépida e flutuante
Nave imaginaria
A bolha na (lamina) da folha
“Bum!!!” estourou (crueldade!)
Infante chorando
Oh! Ilusão...
Clavio J. Jacinto
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
Perolas na Solidão
Aprendi a perdoar em silencio
Porque através do silencio
Aprendi que DEUS também me perdoa
Aprendi a viver na solidão
Porque é a ausencia de tanta gente
Que faz com que DEUS se faça mais real
Muitas vezes descobrimos as perolas
Mais preciosas
Que se ocultam da multidão, mas que revelam
Na solitude
CJJ
Hipocrisia Sofisticada
Esperar que os outros mudem, porque nosso mundo precisa melhorar, é uma maneira sofisticada de praticar hipocrisia, pois ela fica oculta atrás de boas intenções de alguém que não deseja ser a mudança que quer ver nos outros..
Clavio J. Jacinto
Esperança Noturna
Por entre as sombras da noite
Repousava a nevoa silenciosamente
Até que a luz veio e rompeu
Os cadeias que prendiam minha esperança
Na noite.
Clavio J. Jacinto
Primavera Interior
Distantes paisagens
Minhas lembranças
Campos cultivados dentro de mim
Eis que é tempo de desabrochar
Mil saudades
Clavio J. Jacinto
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
A s Rosas e o Além
As rosas não choram pelos mortos
Enfeitam a entrada da dor
Com espinhos calejam a alma
Com perfumes, acalentam o pavor
Os homens espavoridos
Se assustam com a vida que finda
As flores no féretro adormecem
O susto aumenta ainda
Murchando as pétalas que morrem
Com as vaidades do homem terreno
Cai no sulco semente dos sonhos
Num placido vácuo terreno
É vão pobre homem, teu orgulho
Não adianta enfeitar tuas quimeras
Porque flores no tumulo de um morto
Não faz da morte uma primavera
Vão é teu caminhar egoísta
Nebuloso, de materialismo vazio
Como viesse nu ao mundo
Nu desceras ao além frio
Se queres viver em sabedoria
Sem vacuidades e obras desordenadas
Vai ama teu próximo com toda ousadia
Reparte teus bens com quem nada tem
Clavio J. Jacinto
Enfeitam a entrada da dor
Com espinhos calejam a alma
Com perfumes, acalentam o pavor
Os homens espavoridos
Se assustam com a vida que finda
As flores no féretro adormecem
O susto aumenta ainda
Murchando as pétalas que morrem
Com as vaidades do homem terreno
Cai no sulco semente dos sonhos
Num placido vácuo terreno
É vão pobre homem, teu orgulho
Não adianta enfeitar tuas quimeras
Porque flores no tumulo de um morto
Não faz da morte uma primavera
Vão é teu caminhar egoísta
Nebuloso, de materialismo vazio
Como viesse nu ao mundo
Nu desceras ao além frio
Se queres viver em sabedoria
Sem vacuidades e obras desordenadas
Vai ama teu próximo com toda ousadia
Reparte teus bens com quem nada tem
Clavio J. Jacinto