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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Nau de Espinhos

Desse diluvio de chuvas torrenciais
Fugiu as rosas feridas pelos espinhos
Fez de um ramo de cipestre seu ninho
Flores criminosas que levaram
Meu pobre coração desolado pela tempestade
Corro a vida sem coração
Um vazio no peito e perfume na mão
Que pobre raça é o homem
Que vive perdendo o juízo na chuva
Procura o prejuízo no vento
Acaba se sossegando na foz do desespero
Na embocadura da sua propria loucura
Poucos chegam no mar sem naus e sem espinhos

Clavio Juvenal Jacinto

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