As flores rimam com dores
Caminho rima com espinho
A estrada da vida tem primavera
Um longo "agora" e eternas esperas
As estrelas brotam no céu
Mas meu coração não é réu
Sou inocente aos olhos meus
Mas pecador aos olhos de Deus
Quem dera-me amar os abrolhos secos
Herança que de tempos, mereço
E se não merecesse, te digo sinceramente
Seriam meus espinhos o colchão dormente
Enfrento essas nobres calamidades
No campo extremo, a rude suavidade
As flores não rimam com inspiração
Os espinhos cantam, e ferem a as minhas mãos.
Sou palha e minha lingua fio da navalha
As estrelas germinam na noite
No mar as pedras enfrentam açoites
Na longa espera, a minha vida é eterna primavera
Clavio Juvenal Jacinto
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