Quando joga tuas palavras sem sentido
E sentindo os outros
Fogem eles feridos
Como foice de ceifa
O fio afiada na navalha do trigo
Fere a alma e sangra na lama
Como resto de nuvens que voltam
Vem tuas palavras ao vento
O voo e a ventania da voz
A foz dos gritos e a gota da lingua
Tu feres a foice e a fome
Como um catavento nas praganas
As palavras vazias
As promessas cheias e tão ocas
Volta as palavras jogadas sem sentidos
Manchadas de sangue e suor
Como uma semente sem destino
A carga será toda tua
Clavio Juvenal Jacinto
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