Derramaram o amor do cálice
Vazio, virou cacos vidros humanos
Seco vale virou mundo frio
Montes desassossegados
Mundo oco, vácuo alienado
Infame terra quebrada sem rios
O homem ferido
Pústulas, suturas, cicatrizes
Pêsames e lamentos, gotas de dores
Sem amor, sombra de horrores
Milicias de ódio, invasão, dominação
Quem vai lapidar essa vida
Tão bruta?
Cheio de densas e das fuligens dores
Onde reconstruir o sentimento sagrado?
Reforçai a ousadia, a coragem
Para recolher do chão sem fundo
O amor que foi do cálice derramado
CLAVIO JUVENAL JACINTO
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