Te iludes
Com os vales florescidos
Uma cidade escondida
O antro do pecado
As flores de Sodoma
Exalam perfume e veneno
Intoxica e mata
Atrai o fogo que devora
Te iludes
Por trás do vale fértil
Se esconde e escoa
Os rios abomináveis
Como o pó que alimenta serpentes
As ondes de espumas de oceanos fantasmas
Cais que escondem o abismo
Te iludes
Como Ló
Desce o jardim disfarçado
Maquiado de paraíso sem dó
E, como presa
Os muros são prisões
O pecado grilhões
Nesse lúgubre universo
O homem se afoga em suas
Próprias paixões
Mas o Caminho do deserto de Abraão
É o oceano de areia
Que se acende a luz da sarça
E repousam os anjos guardiães do Maná
Clavio J. Jacinto
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