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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Portais


Uma lampada acesa
Um farol no meu caminho
Vai meu coração
Percorre a jornada
Com a certeza de cada passo
Porque iluminado é teu caminho
Até os portais da eternidade

CJJ

Fome Interior


O arco iris desceu
Moveu a relva e adormeceu
Em forma de mel e maná
No campo da humanidade faminta
Espero que agora
As estrelas não irão embora
Mas tambem irão descer
Para essa fome do homem resolver
A fome da justiça e do amor

Clavio Juvenal Jacinto


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Amor e Esperança


Se não acreditas no amor
Foge da primavera
Vai viver teu proprio deserto solitario
Faz da solidão o teu sepulcro
Porque sem amor
A esperança não sobrevive

Clavio Juvenal Jacinto

Saudades


Sei quando as chuvas chegam
Os passaros não cantam
O sol não brilha
Então nessa janela ouço
O vento e as gotas do céu
Adormeço por dentro
Minha alma sonha acordada
E eu apenas viajo no penamento
De muitas saudades

Navios de Inverno



Nesse inverno de vitrais
Navegam os navios espirituais
Qual rumo devem tomar?
Meu coração bate na redoma
O vitral se quebra
O navio afunda
Dentro da minha imaginação

Clavio Jacinto

terça-feira, 26 de maio de 2015

Jardim da Esperança


Sofres a vida e vem
Comer dos frutos da consolação
A alegria fica atrás da colina da tristeza
Depois que atravessares o mar da ilusão
A felicidade chega
No continente distante
Da terra prometida de uma nova terra
Está o amplo jardim
Das alegrias que não perecem

Clavio Juvenal Jacinto

Maná


Corro atrás de uma lagrima que fugiu
Onde posso encontra-la?
Oh pobre alma desconsolada
Não tem mais dentro de ti
O maná do ultimo choro

Clavio Juvenal Jacinto

Amargo da Alma


Despertou meu coração assutado
É o eco da luz fosforescente
Que derramou raios de esperança
Pelos caminhos amargos
Da minha alma solitária


Clavio Juvenal Jacinto

Frio Profundo


A relva de teus sonhos
Não é relevante
Se as palhas da erva
Se as folhas do alamo
]Não adormecesse nessa eternidade
Qual desses pardais voa?
Como pirilampo apagado
Na luz do dia triste
Vagueia sem os restos mortais da noite
A relva de teus sonhos
Não é vasta nas campinas
Se choras desconsolados
E teu coração é como uma pedra de amolar
Que amola só a espada
Do teu frio egoismo...


Clavio Juvenal Jacinto

Semente de Palvras


Quando joga tuas palavras sem sentido
E sentindo os outros
Fogem eles feridos
Como foice de ceifa
O fio afiada na navalha do trigo
Fere a alma e sangra na lama
Como resto de nuvens que voltam
Vem tuas palavras ao vento
O voo e a ventania da voz
A foz dos gritos e a gota da lingua
Tu feres a foice e a fome
Como um catavento nas praganas
As palavras vazias 
As promessas cheias e tão ocas
Volta as palavras jogadas sem sentidos
Manchadas de sangue e suor
Como uma semente sem destino
A carga será toda tua

Clavio Juvenal Jacinto 

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Ele: O Incomparavel

Ele ilumina todas as estrelas
Faz de si mesmo o caminho
É abrigo depois da meia noite
Companheiro na minha solidão

Ele é a água da fonte eterna
Sol de todas minhas estações
É o tesouro inestimável da vida
O diamante lapidado na cruz

Ele é minha esperança imperecível
A verdade perene e inegociável
O bem maior de uma alma sabia
O conhecimento do coração nobre

Ele é tudo em todos de uma fé
A força que sustenta o infinito
As mãos que tecem a eternidade
Ele guarda a minha tão frágil
                                           Existencia...



Clavio Juvenal Jacinto

sexta-feira, 22 de maio de 2015

TEMPO


Viajo no tempo
Peregrino sou
Entre as pedras do fogo
Da saudade de ir embora
Como se esse mundo pequeno
Não adormecesse no leito
De meus sonhos precoces
A vontade de não mais voltar

Viajo no tempo
Mesmo sem sentido 
Sinto que vou indo embora
Com saudade desse mundo pequeno
Que não soube contemplar
Todas as auroras
De meus breves caminhos
Agora que é tarde, não lembreis 
De mim


CJJ

PASSAROS SOLITARIOS


Aves do campo e passaros dos mares
Lirios abertos e rosas feridas
Nuvens passageiras e estrelas cadentes
O aroma de meus sonhos
Os sonhos do meu viver
Tudo na mesma estação depois da noite
O amanhã semeado nesse anoitecer
E quando se findar toda esperança da terra
As celestes durarão para todo o sempre

A ARTE DO SILENCIO


O silencio é um oficio dos sabios
Quando o mundo inunda-se
De palavras ociosas

Clavio Juvenal Jacinto

SIMPLICIDADE



O progresso aperfeiçoa o egoismo
Mas o caminho da simplicidade continua o mesmo


Clavio Juvenal Jacinto

Janelas e Prisões



A minha rica alma
É uma capsula de lembranças
Onde aprisiono todas as palavras de amor
Mas meu coração é uma janela aberta
Onde fogem todas as palavras de ódio


Clavio Jacinto

Bramido das nuvens


Os cais da queda das nuvens
Derramam seus coloquios
Nuvens e céus conversam
Eu apenas ouço nessas chuvas
As palavras dignas
Que um homem solitário pode ouvir


CJJ

CHORO


O vaso do coração deixou vazar
As petalas perfumadas da minha dor
Agora já não choro sozinho
A terra que firma meus pés
Chora também comigo

CJJ

O BECO DA SOLIDÃO



Entrei nesse vale de sombras
Buscando uma semente de luz
Traços da fealdade do escuro, não quero
A aurora dourada espero

Nem sempre, amigos encontro
Uns fogem e outros desistem
Mas nesse percurso tão horrendo
A luminescência da fé, eu tenho

Como sigo, sozinho, a alma solitaria
Nesse beco do mundo, no pé do morro, a falda
Quase ninguem canta minhas canções
Só eu e minha alma, meia duzia de corações

Ouço aqui meu proprio gemido
Um brando pranto de pensamento ferido
Mais ninguem chora a solidão comigo
Então procuro as lagrimas de meus inimigos

Clavio J. Jacinto

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Estação primavera


Faz chover no solo arido
Do teu coração
E na estação própria florescerá
Toda a vossa alma


Clavio Jacinto

Caminhos e direções


Se não tens consolo
Não procure andar pelos caminhos dos
amargurados
Se não tens balsamo
Não procure andar pelo caminho dos feridos
Se não tens lampada
Não ande pelos caminhos da escuridão
E se não tens amor
Não ande por qualquer caminho

Clavio Jacinto

Letras e Tintas

As letras de um verdadeiro consolo
Serão sempre escritas
Com as tintas de um coração sensivel


Clavio J. Jacinto

FRUTO


O fruto da piedade é a justiça
e os homens estão morrendo de fome...


CJJ

A NOITE QUE AMEAÇA


Juntamos nossos olhares nesse horizonte
A violencia e o egoismo despontam
Com tanta força...
Porém nós ousamos permanecer vigilantes
Com a lampada de nossa integridade acesa
Mesmo que a noite da injustiça ameace nosso caminho


CJJ

Primavera da Imaginação

Pensamento meu
Espaço sagrado onde repousam meus sonhos
Nesse viver feito de imaginar
Apenas recomeço cada momento
Porque a vida é feita dessas frações
Onde o colorido da primavera do amor
Floresce dentro da nossa alma


sexta-feira, 15 de maio de 2015

Vinho sem mosto


Como dizes estou sem esperança?
Respira o ar dessas estaçoes
As montanhas destilam o orvalho
As flores desabrocham no inverno
As maçãs precisam do frio para sugar o mel
E tu da tristeza, tambem não tirarás a esperança?
Vem e destila teus sofrimentos
Porque eles devem ser transformados em vinho
Não em vinagre

Clavio Juvenal Jacinto

Reflexo



Tu sabes que sou teu espelho
Vem brilhar sobre meu rosto
Porque tambem o que reflete
Compartilha daquilo que recebe


Clavio Juvenal Jacinto

LAGRIMAS


Não faça tempestade em copo de lagrimas
Faça das lagrimas um oceano
Onde tua esperança encontre um lugar
Para navegar...


CJJ

Universos Paralelos


Encontrei aquela estrela que tanto brilhou
Dentro de mim iluminou meus sentimentos
Mas não acreditou em minas palavras
Foi-se pelo cosmos infinito
Hoje te encontrei estrela
Perdida nos caminhos de um universo de
Incertezas


Clavio Juvenal Jacinto

ARAGEM


Vem felicidade
Tu estás no cheiro da terra molhada
No aroma dos pessegos maduros
No orvalho da essencia de todas as noites
Na almofada de capim seco
Na tarde ensolarada
Vem pra sempre e entra pelas portas
Da minha admiração


Clavio J. Jacinto



CAMPO DE BATALHA


Como a erva
Cresce entre as pedras
Floresce entre os ventos
Insiste em dar perfume
Para o campo
Assim o homem
Mesmo diante das dificuldades
Mesmo confrontando a incompreensão
Pode dar amor
Para um mundo que sangra
Nesse campo da de batalha da vida


Clavio Juvenal Jacinto


quinta-feira, 14 de maio de 2015

O Presente e a Eternidade


Vamos sempre adiante no tempo
Não nos resta outra direção
Porém nunca esqueçamos de viver 
O agora
Como se fosse um presente da eternidade


Clavio Juvenal Jacinto

Lagrimas da noite


O orvalho é a chuva que chega
Para tocar na alma do coração
Antes de regar a face das flores
Que não esperam dos homens
As lagrimas da compaixão

Clavio Juvenal Jacinto

O CORAÇÃO FORTE


É forte 
O coração que semeia
Confiança em seu companheiro
Mas um dia tem que ceifar
Os espinhos da traição

Clavio J. Jacinto

Dois caminhos


Escrevo uma carta a humanidade
Vós sóis todos irmãos de jornada
Uns escolhem o caminho da luz
Outros escolhem a direção escura sem caminho
E até chegarmos no principio de cada portal
Somos todos companheiros de dores da vida

Clavio Juvenal Jacinto

Caminhos de glória


Uma descida aos antros da indignidade humana
Foi o Caminho que José traçou
Na sua ida ao canto mais obscuro de uma humanidade hostil
Ele desceu
Pra pagar um crime que não cometeu
Ali na condição de prisioneiro das circunstancias
Ele teceu o vestido da sua dignidade
Porque confiava em Deus
Superou suas tristezas e as aflições
E subiu pelos degraus da confiança
O cume das promessas que estavam no amanhã

Clavio Juvenal Jacinto




Almas Feridas

Almas famintas caminham
entre anjos e homens
Como a locusta migratória
Buscando as folhas da vida
Para devorá-las
Assim é 
A triste fome da sobrevivencia
Que insiste tanto, sim!
Insiste em ser
e,
Quando o semblante nas nuvens que regam
Nossa face,
Vão embora pra sempre,
Choram as almas por despedida
Como um adeus dado ao vinho fermentado
Que fere a dignidade de cada homem



Clavio J. Jacinto

terça-feira, 12 de maio de 2015

A CHUVA NO JARDIM


Pelas janelas da alma
Ouço o consolo das chuvas
Estou triste por um momento
O sol não está brilhando
Mas ainda um pouco mais
A vida será aquecida
Por uma luz de esperança


Clavio J. Jacinto

A ROSA


No vale a rosa de sangue
O rosto ousado do sacrificio
A voz silenciosa da dor
Entre as luzes de tantas estrelas
A aragem do deserto maculado
A fiel flor de um jardim anonimo
Ecoa as cores,  a velocidade do som
Gritam os passaros, os roixinóis
É a rosa de Sarom...


Clavio J. Jacinto

Cume e Conquista


Os degraus da ascensão de um homem bom
Podem ser feitos de espinhos
Porém ao ao alcançar o cume
As alturas de seu triunfo coroam a sua conquista


Clavio Juvenal Jacinto



Fim de Tarde


Pouco resta nesse tempo
As folhas celebram a ultima estação
Desde então os homens adormecem
Pensando que o fim nunca
Chegará...


CJJ


quinta-feira, 7 de maio de 2015

O Fogo que Incendeia


A face do vento
Que soprou no inicio
Alento de fogo
Que acendeu as estrelas
Incendiou o coração de Enoque
Ele carregou o fogo da fé
No berço da civilização
E nós?
Nós morremos de frio
Nos becos obscuros dessas religiões
Frias


Clavio Juvenal Jacinto

Donos do Nada

´

As vezes queremos ser donos da primavera
Quando não somos donos
Nem mesmo de nossos proprios sonhos
As vezes queremos ser donos do sol
Quando nosso caminho é escuro
As vezes queremos ser dono de tudo
Quando vivemos perdendo o tempo

Clavio Juvenal Jacinto

Infinito iluminado


Se queres ver o infinito
Acende antes o fogo da fé


Clavio Juvenal Jacinto

Tempestades


Não temas a tempestade que
Que faz ameaças lá fora
Temas, o medo de enfrentá-las
Aquele medo dentro de ti mesmo


Clavio Juvenal Jacinto

Crescer


Crescer
Não é chegar até as estrelas
Crescer
É deixar as estrelas
Chegarem ao nosso
Coração

Clavio Juvenal Jacinto

Gratidão

Aquele que não agradece
Pelas dadivas que recebe hoje
Não é digno de acreditar no amanhã


Clavio Jacinto

Paginas do Tempo


Não perca o tempo
Nem busque um amanhã
Ele é uma pagina inexistente
No livro da tua vida
Antes,
Escreve a tua história
Na página do hoje
O agora é a tua história
Que pode ser contada por ti mesmo
O amanhã
Somente os outros podem escrever de ti...


Clavio J. Jacinto

Flores e Desertos



Se não há flores em teus caminhos
Pranteia e chora
Longe estás da primavera
Como seguir em frente em desertos
Onde não brota o maná
Nuvens não trazem as aguas?
Vai nessa tua força
Volta e procura nos prados
Olha pelas frestas de uma penha
Quando achares um beija flor sorrindo
Segue em frente
Porque achastes o caminho das flores


Clavio J. Jacinto


As Estradas da Vida



Que fizestes coração meu?
Acaso podes viver sem o amor?
Entre as feridas, esconde as dores
Como uma trovoada que faz ecoar bramidos
Não te detenhas pelos caminhos insensíveis
Porque não tem direção nesse mundo
Quem não anda na força do amor
E não tem acesa nas mãos
As chamas da justiça e da equidade

Clavio Juvenal Jacinto

terça-feira, 5 de maio de 2015

NO MONTE DEUS PROVERÁ


Vai um homem e seu filho
Cutelo fogo e lenha
Passaram diante da penha
O filho olhando surpreso
Um cutelo e o fogo aceso
Onde está o cordeiro?
O pai de coração quebrado
Como vaso de alabastro
Um perfume de amor derramado
Olhando para a criança sorrindo
Os dois, o Moriah vão subindo
Lá no cume, uma vista tão linda
Mas a pergunta fixada ainda,
No coração do daquele menino
Pai, Viemos aqui sacrificar
Mas onde está o cordeiro pra imolar?
O pai transcende a esperança
E afirma com toda a confiança
O cordeiro Deus proverá
Assim nessa cena de luz
Também olhamos para o nosso pecado
Quem por nós foi imolado?
Olhai para o Calvário, ao monte e rude cruz
Lá está nosso cordeiro de Deus
Que tira o pecado do mundo
Cristo Jesus


Pr Clavio Juvenal Jacinto