O infinito é um mar no tempo
Nossa vida é nau perene
Guiada por um mapa perpetuo
Onde o fanal aceso ilumina
Como estrela que das manhãs faz a aurora
Nesse oceano navegamos no agora
Rosto a rosto
Como as nuvens que doam as gotas
Como os montes que doam as fontes
A terra ferida que faz brotar a nascente
O infinito é um céu espraiado
Com suas centelhas germinadas na imensidão
Nossos olhos se enchem de amargo orvalho
Quando a relva torna-se nosso lar
Debaixo da eira dos cereais
Cantamos aquela canção de sol sem dó
Então adormecemos
Até que a estrela da alva resplandeça
Para deixar um traço definitivo
Em nosso misterioso destino
Clavio Jacinto
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