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quarta-feira, 22 de abril de 2015

O SENDA DA HUMILDADE


Desci até o limo
O rastro das flores da mata
O chão batido do meu coração
Desci as escadas dos mistérios
A terra e as folhas secas
Desci até a fonte das pétalas
Onde borbulha a fonte dos perfumes
Desci até o barro
Onde emerge o vaso das flores
Desci até as fendas
A toca dos coelhos
Os palacios das formigas
Desci e desci
Como desce o Rei com suas luzes
E descendo encontrei 
Meu reflexo na poça de lama
E meu sorriso no berço das neblinas
Desci e agora sou feliz
Porque deixei de ser copa
Pra ser raiz


Clavio J. Jacinto

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