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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

ALMA ÁRIDA

Meu coração secou-se
Minha alma morre de sede
árido é esse vento que ulula nas palhas
Quebram-se os leitos
As pontes do ermo ruíram
Insólita paisagem de um espirito murcho
furados por espinhos rasteiros
Sufocada está as cordas das ancoras
Sem águas desmanchadas no sal
Eu apenas suspiro as ondas do pó
Antro e esconderijo das civilizações perdidas
Como a crosta de uma pedra sem fundo
Junto os pedaços de meu silencio
Quero cantar com a harpa do animo
Antes que tarde sepulte seu próprio folego na noite

CLAVIO JACINTO

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