A solidão é um deserto da alma
Uma estrela distante do céu
É uma flor longe da primavera
Um sorriso afastado dos labios
A solidão é uma face sem rosto
É o mosto, não o puro vinho
Que embriaga a vida pelo caminho
É os restos mortais do amor
A solidão é o selo sem destino
É a maturidade de um peregrino
O susto que nos dá a luz
É o nosso conto de letras sem fim
A solidão é apenas o nada presente
O tudo mais ausente
É a arca sem um longo oceano
Um orvalho sem relva pra repousar
Por isso, antes de se sentir só
Procure ser você mesmo no espelho
Porque serão dois frente a frente
Mandando embora essa breve solidão
Clavio J. Jacinto
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