(MINHA ESPERANÇA)
I-
Tu és oh minha esperança, estrela no meu firmamento
Como hostes corpóreas, luminárias incandescentes
Dentro de mim luta contra toda a infiel escuridão
Lâmpada agreste que brilha além do âmago Silvestre
II-
Pelas pontas dos ciprestes, as estrelas são beijadas
Tu em mim canta oh minha esperança, a lastima fértil
Como pães sírios revolvidos na doçura do mel
As quedas, precipitação destilada de todos orvalhos
III-
Nas minhas fabulas e nos meus delírios em cântaros
Tu desabrochas em pequenas rosas, oh minha esperança
Como o coentro entre as libações das chuvas sobre o limo
Das ventanias, sopro simbólico de astros no meu cimo
IV-
Quem abre a janela dos encantos enxerga as minhas naus
Como centelhas polares em brilhos intrépidos de natal
Oh minha esperança, maturação nas pétalas efêmeras caiadas
Nas entranhas do açúcar
que sustenta meu paraíso astral.
V-
Tu me sustentas oh minha esperança, tão bendita e rosada
Como lampejo que alumia a rua de rodas minhas trovoadas
Eu careço de ti todos os dias, como farol anseia o esplendor
Como a sede que atrai ao néctar das flores, um beija flor
(Clavio J. Jacinto)
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