Na infância de nossos sonhos, desabrocharam todas aquelas flores de felicidade, que permite a cada um de nós, colher em doçura de silêncios, os frutos maduros de tão lindas saudades.
CJJ
quarta-feira, 26 de setembro de 2018
Noites Melancolicas.
A tarde está silenciosa nesse dia nublado
É a alma da primavera que está adormecida
Como os grilhões congelados numa saudade
O rosto quebrado na silhueta do passado
Neves imaginarias nesse consolo árduo
O réu vento adormecido na tumba das montanhas
Como posso cantar uma canção nesse vale,
Se as próprias estrelas se apagam na desolação?
Os pássaros migraram para a estação do norte
As ilhas tornaram-se abrigo dos sonhos
Quantas auroras nesse fim enfadonho
Sem flores, a vida
parece ser tão ingrata
A vida tem suas turbulências quânticas
Tempestades num copo de vinho puro
Asas sinfônicas de folhas de ciprestes
São as paginas que lapidam o futuro
E quando já não resta mais um flanco frio
Das entranhas calvas dessas dunas de areia
O pupilo do germinar da semente fraca
Desponta a vida pelas arestas dos pedaços de telha
(Clavio J. Jacinto)
Tofete
Das sombras da rebelião o vil agouro
Quando em palmas vem a morte da ternura
Se alado o sinistro o infante sombreia
Que faz desse vale sem vida, a ruptura
Que o armagedom desse
finado afeto
No caos da chama faminta do fogo
O beijo intrépido desse tão vil funeral
O pesar sem amor e o rude logro
As flautas flutuantes desse fosco medo
No colosso maldito de tal superstição
Ouço o estrondo medonho de triste enredo
Abobadas de estrelas caindo no chão
Que as acácias secas de jardim morto
As peles flácidas do infante tanto inflama
A curvatura desse furto pesar mais torto
A tortura do sem brado que devora as chamas
Se nos aventais da língua mais fere
A injusta ofensa rebelde desse choro corre
Vinda das hostes infantes confere
Com tantas outras que no fogo ainda morrem