Os ventos não conseguem apagar o brilho das estrelas
Nem remover uma delas
de seu lugar
Os ventos sopram e levam os barcos dançantes
Fazem cócegas no mar e as ondas são seus risos
Os ventos levam as folhas dos jardins
A poeira das lagrimas congeladas do outono
Pelos caminhos dos gritos carrega as sementes
Pra injetar no osculo da terra, as plumas da vitalidade
Do sopro, hálitos do sul e perfumes do oriente
Do cálice das chuvas, os campos são irrigados
Os ventos levam os aromas e aplausos dos pomares
Do deserto o grão de areia, séquito de benditos altares
Sopra sobre meu rosto, acende meu coração
Minha alma é lâmpada e meu pensamento luz
Que das brisas que levam os meus cantos singelos
Abraçam em finitos afetos as flores e o céu tão belo
Que de refrescantes
deslizes em aventais
As glórias da tarde e o silencio que nutre a minha paz
O vento sopra nessa face que olhos vivem refletindo
O brilho ameno de um respiro a sensação de estar vivendo
Clavio J. Jacinto.
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