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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Doçura do Eden


Por trás desses montes cor flanela
Uma arvore de chumbo e cascas de canela
As sombras torcidas de tintas azuis
Um lenço seco e a chuva da tarde
As aguas do enden
Jardim de antiguidades
Onde o açucar mascavo adormece
Uma ponte de seis colunas
Os braços  extensos de Adão
Segurando a esperança de um portal
Não abriu Eva, a porta para o mal?
Consegues ver tão denso orvalho
Entre as paredes de castelo de carvalho
Um esconderijo na copa da floresta
Antes que o inverno chegue
Vai a serpente fugindo pelas brechas
Deixando o rosto de eva tão maculado
O homem fazendo apologia de si mesmo
Dizendo aos outros"não sou o culpado"
As flanelas do monte envelhecem
A rotura do campo e as rachaduras de Pangeia
Eva e Adão expulsos do Paraiso
Singelos aromas e jardim de doçuras
Agora cada vivente depois de Adão
Sofre essas farpas da vida com amrguras.

Clavio Juvenal Jacinto

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