Os céus estão derramando chuvas
lacrimais
Molhando a face das montanhas verdes
Véus de neblinas escondem a serra
Nós ouvimos os pássaros que cantam
A tristeza de um dia sem o sol
As nuvens parecem o tumulo da alegria
A lama parece ser a lapide da coragem
Lembro-me dos respiros que cessaram
Numa noite de angustia, em que um ente
partiu.
Longe, um pardal tenta entoar uma canção.
A sinfonia solitária de um pássaro sem
alma
Voando na plumagem molhada no tempo
Quero uma xícara de café
Uma fatia de um dia ensolarado
Para revolver meu coração na areia
Devolver esse desamparo que me agoniza
As sobras da noite estão nas nuvens
escuras
As fagulhas da brasa se apagam
As flores estão tímidas e silenciosas
no jardim
Eu quero ser um homem comum.
Doar parte da minha bondade em forma
de arte
A arte de amar com ações
Assim como os céus dizem aos
desassossegados
Que o amor vem em forma de gotas de
chuva
Para regar o campo, molhar a relva.
Abastecer os rios
Só então nesse despertar da tristeza
para a sabedoria
Descobri que posso ser feliz em um dia de chuva.
Clavio Juvenal Jacinto
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