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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O Sonho da Aurora

O sonho da Aurora

O céu é negro, o homem dorme
O céu é índigo, o homem pensa
Quando a aurora acende o céu
O homem sonha
O céu dourado inspira
Todavia na noite, as estrelas brilham
Como brasas perdidas no espaço
E eu apenas fico a imaginar

A noite passar e a aurora chegar...

Monumento

Monumento

Sagrada lagrima de meu ser
Rosto amargo de coração apertado
Por entre as ruas da alma escorre
Por essa dor que nunca morre

Lagrima que goteja no sufoco
Vem e irriga meu áspero rosto
Como nevoa que molha a relva
Meu coração se perde nessa selva

Oh mundo de confusão
Para de machucar meu coração!
Porque sou monumento nessa terra
Lutei contra as sombras, vencemos
                         A guerra

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Lamentos





Deus permite a tristeza, 
permite as lagrimas, 
mas tambem permite
 que as mais lindas esperanças 
desabrochem, 
quando nosso coração
 é irrigado 
pelos nossos lamentos


Clavio J.Jacinto

terça-feira, 13 de outubro de 2015

O Caminho Eterno da Vida

Vem a aurora
Ilumina nosso caminho
Meu e da borboleta
Pelo caminho ando
A borboleta voa
eu e ela temos começo
Temos fim
Mas o caminho da vida é eterno

Clavio Juvenal Jacinto

Lagrima dos Antigos


O céu chorou tanto
Pelas dores do mundo moribundo
O mar porém
São como as lágrimas antigas
Dos homens que choram
Desde Caim matou Abel


CJJ

sábado, 10 de outubro de 2015

Debilidade


A grande debilidade do homem
É expor todos os defeitos alheios
Para tentar esconder os próprios

Clavio Juvenal Jacinto

As Virtudes da Fé


A verdadeira fé
Suporta a dor
Supera a afronta
Aceita o mistério
Caminha na luz
Ilumina a razão
Sustenta a esperança
Dá segurança pra alma
Conforta o coração
Dá sentido a existencia


Clavio Juvenal Jacinto

Paginas da Alma


Se a alma fosse um livro
Cada dia fosse uma pagina
Oh! que carga seria carregar
A nossa propria história

Clavio J. Jacinto

Visão


Nem todos peregrinos são iguais
A noite pode ser igual para todos
Mas para alguns o céu é estrelado
Para outros a estrada é esburacada


Clavio J. Jacinto

A Verdade


Não faz sentido esperar
Por aqueles que fugiram
Da verdade
Porque creram que algo mais nobre
Pode ser encontrado além dela


Clavio Jacinto

Libertação


Ansiedade
Uma prisão que prende a alma
A fé
Uma janela que liberta a esperança

Clavio J. Jacinto

Paralelo



Se meu coração tem paredes multiplas
Como velhos universos paralelos
Vou peregrinar pelas amplas ruas
Da vastidão
Porque meus jardins estão cheio de flores
Como a eternidade antiga
Está cheia de estrelas acesas


CJJ

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Tempestades



Minha alma estava na praia
Viu a noite escondida nas nuvens
Uma nau perdida lutava contra o vento
As ondas furiosas estavam famintas
Então tomei meu caminho nas montanhas
As nuvens cobriram o cume
A nau transformou-se em um pássaro
Corri para o vale das flores
O vento jogou as nuvens e vieram neblina
O pássaro se transformou em borboleta
Então fugi pra dentro de mim
E foi lá que encontrei os restos mortais
Da tempestade


CJJ

Desertos e Jardins


Quando a esperança floresce
No sofrimento,
É prova definitiva
Que a alma não está padecendo
Num deserto interno.


Clavio Juvenal Jacinto

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Amigos fugitivos


Existem amigos
Que são como nuvens escuras
Fazem sombras no caminho
Escondem a luz do amanhecer
São levadas pelos ventos
E se dissipam com o tempo
Mostrando que não eram nada

Clavio Juvenal Jacinto

Semente dos Sonhos


Ocupe-se em plantar
Na tua vida
As sementes que recolhestes
Em teus mais lindos sonhos


Clavio Juvenal Jacinto

As Letras Fugitivas


Nunca peço que o amor
Seja fugitivo depois de mim
Porque antes de eu mesmo ser
Ele já fugia de meus sonhos

Mas quando tornei-me sonhador
Fugindo todos os meus coros
As letras da vida tambem fugiram
Mas o amor resgatou a coerencia


Clavio J. Jacinto



Fuga do Passado



Dou um brado
Deixo as coisas de lado
A face coberta de luz
A profecia
A luz do dia
Sou semelhante semeador
Que em searas turvas
Recolhe os grãos da fe
Para joga-las ao vento
Num sonambulo amanhecer
Para que a germinação
Seja a força das coisas novas
Porque todas as antiguidades
Foram diluídas
No meu penultimo passado


CJJ


terça-feira, 6 de outubro de 2015

Sonhador


Não sou sonhador
Mas mesmo acordado
Quando as flores adormecem
A s estrelas cantam
Eu sonho uma poesia

CJJ

A Perda


Perdi um átomo de esperança
Achei uma montanha de pessimismo
Porque quando perdemos algo
Muito importante
Sempre há possibilidade do destino
Nos devolver as coisas
Desproporcionalmente erradas


CJJ

Reconstrução


É possivel sempre amar
Mesmo quando tudo parece
Desmoronar
Porque o amor ainda reconstroi tudo
Ainda que os pedaços
Esteja quase eternamente
Separados

CJJ

Martirio e outras coisas


Uns morrem pela fé
Outros morrem sem fé
Uns guardam a fé
Até a morte
E, outros deixam a fé
Morrer


Clavio J. Jacinto

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A CHUVA E A FELICIDADE



Os céus estão derramando chuvas lacrimais
Molhando a face das montanhas verdes
Véus de neblinas  escondem a serra
Nós ouvimos os pássaros que cantam
A tristeza de um dia sem o sol
As nuvens parecem o tumulo da alegria
A lama parece ser a lapide da coragem
Lembro-me dos respiros que cessaram
Numa noite de angustia, em que um ente partiu.
Longe, um pardal tenta entoar uma canção.
A sinfonia solitária de um pássaro sem alma
Voando na plumagem molhada no tempo
Quero uma xícara de café
Uma fatia de um dia ensolarado
Para revolver meu coração na areia
Devolver esse desamparo que me agoniza
As sobras da noite estão nas nuvens escuras
As fagulhas da brasa se apagam
As flores estão tímidas e silenciosas no jardim
Eu quero ser um homem comum.
Doar parte da minha bondade em forma de arte
A arte de amar com ações
Assim como os céus dizem aos desassossegados
Que o amor vem em forma de gotas de chuva
Para regar o campo, molhar a relva.
Abastecer os rios
Só então nesse despertar da tristeza para a sabedoria
Descobri  que posso ser feliz em um dia de chuva.


Clavio Juvenal Jacinto

Carater



Um caráter verdadeiro não nasce
Com vigor
Dentro de um coração egoísta


Clavio J. Jacinto

Sonhos sem Valor


O homem morre afogado
Na superficie das coisas superficiais
Quando tenta navegar em naus de ilusão
No mar de seus próprios sonhos incoerentes


Clavio J. Jacinto

O Homem sem Valor


O homem incoerente
Ilude-se sempre
Detesta a prudencia
Odeia a humildade
Despreza tudo aquilo
Que não favorece a si mesmo

Clavio Juvenal Jacinto

Monturo


Do monturo nasce a flor
Da brevidade a vida
Do momento a dor
Da perda a saudade
Do vale nasce o grito
Da guerra a morte
Do fim do mundo o medo
Do medo o fim do mundo
Da rosa nasce o espinho
Do espinho o ferimento
Do erro a teimosia
Nasce o sol da noite
Da noite as estrelas
Do tempo nasce a paciencia
Da paciencia nasce a vida
Da vida nasce o monturo
Do monturo nasce a flor...

Clavio J. Jacinto

A Sombra

 A sombra sarcástica
Ri de mim
Na rua da vida
Ela é projetada
Do meu breve corpo


A sombra sarcástica
Ri de minha brevidade
Tão sagaz vai a vida
Minha sombra vai comigo

A sombra se assombra
Que susto ela levou
Meu corpo tombou
Saiu minha alma, sem fazer sombra.


Clavio Juvenal Jacinto

A FUGA DA BREVIDADE


Que fonte serena da fuga
As faces e mil rugas
Estou envelhecendo nesse mundo
Um cajado e um gemido
  O sol de cinzas e a solidão de tanta gente
O figo, a seiva a semente
Meus pêsames e as gotas artesanais
Um rosto de sal uma brasa na tenaz
Como ornamento de olhos cativos
Eu sou livre, vendo
O fim do mundo e o começo da guerra
Pobre gente dessa noite na terra
Sou fugitivo e  me afasto
Desse mal hostil e nefasto
Quero uma aurora para adormecer
Entre as riquezas desse livro sagrado
Porque a vida sem Deus
É breve respiro, num saquitel furado


Clavio Juvenal Jacinto


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Anjos e Homens


Muitos almejam serem anjos
Mas caminham como meros mortais
Sem fé
Outros almejam serem homens
Mas caminham como se fossem anjos
Levando no coração
A esperança


Clavio J. Jacinto

Brado de Vitória


Quando uma semente cai
No monturo derrama as ansias da vida
Então aceita a propria morte
Abraçando o desamparo do esterco
Pra renascer ao desespero
Desabrochando em flores
Para mostrar aos viventes
Que o simples vence a morte


Clavio Juvenal Jacinto

A MARCHA


Tu homem mau
Que poe limites no meu caminho
Saibas que sou livre
Porque percorro toda a vida
Marchando com meu coração


Clavio Juvenal Jacinto

A Relva e a Noite

As sombras podem reinar todas as noites
Como o orvalho predestinado
A morar nos calabouços da relva
Eu porém estou fugindo
Indo de encontro sempre, ao amanhecer


Clavio Juvenal Jacinto

Fuga em Aspiral


Fujo por um beco com saída
Sair dessa rotina dolorida
Uma entrada para a porta da luz
Não para esse caminho dos céticos
Nem para o calabouço dos agnósticos
Fujo para as entradas da vida
Um lugar que minha face seja vista
Onde meu coração preserve suas batidas
Uma porta feita de adornos eternos
Livre da direção de qualquer inferno
Porque o mundo cheio de gente egoísta
Já é um campo de batalha sem fim
Um sofrimento continuo pra mim
Pois procuro a todo custo me libertar
Das ataduras desse meu ego
Que insiste em querer ressuscitar
Dentro de mim.

Clavio J. Jacinto


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Abel e Caim


Onde estás Caim?
Fugistes para a terra longínqua
Para esconder no monturo
Teus pecados e teu ódio
Pois eu também estou fugindo
Carregando no coração o amor
Porque teus irmãos consanguíneos
Querem assassinar ele
Como tu mataste teu irmão Abel

Onde estás Caim?
Fugistes para tão breve distancia
Que todos te acham na história
Eu tambem vou embora
Levando comigo a esperança
Um fardo pesado de doces lembranças
Porque estou cansado de teus irmãos
Que mancham de sangue as mãos
Na guerra infestada de vossas invejas


Clavio J. Jacinto


Portas


A vida é um percurso
Encontramos tantas portas bonitas
Com destinos medonhos
Precisamos escolher uma porta
Que tenha farpas e não seja pintada
Mas que nos conduza para um destino
Feliz...


Clavio Juvenal Jacinto

Fuga para o Deserto


Eu fujo dos reinos impudicos
Vou para desertos e  a areia
Minha casa é o lar dos grãos
A seara da solidão meu caminho
O colosso da sombra não me assusta
Suas colunas se derretem com o o fulgor
Minha vida vai pelas vinhas da erva doce
Sou sonambulo em busca do marfim
O perfume sem a alma do jardim
Sou petala desfeita e a semente do jasmim
Quem dera-me ser como as estrelas
Não teria olhos, para ver o que me dá ansias
Seria visto por todos mortais
Que com os dedos contam cada cintilar
Mas não podem tocar o centro
Com seus breves insultos.


CJJ