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domingo, 18 de dezembro de 2022

Cisnes de Outono  


As nuvens deslizam no céu

Entre meus olhos e o infinito

Carregam as lagrimas de meus gritos

 

Entre tons cinzentos e ecos de trovão

A trêmula voz de todas as eras

Na palha ébria do alvo algodão

 

Entre perfumes da vossa perenidade

Nas agulhas dos pinheiros que choram

Onde a alma pranteia todas as saudades

 

Que os cisnes testemunhem essa arte

De conduzir à vida em partes

E depois juntá-las numa só esperança

 

 

C. J. Jacinto

 

 

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