Há uma semente de eternidade
Enterrada no coração humano
Por isso existe
Esse grande anseio que insiste
Viver
No mais profundo do ser
Assim como as flores
Ainda que no murchar em dores
Deixa sementes
Uma vida escondida e potente
Perfume e todas as cores
Que germina na terra
Onde outrora se encerra
O cadáver da beleza
Que então adormece com destreza
Ressuscitando em outra era
Potencias da primavera
Cada uma das flores coloridas
Foram por sementes paridas
Na natureza de bela complexidade
A eterna continuidade
O poder da insistência
Em permanecer na existência
Assim somos nós em esperança
Velhos que outrora fomos crianças
Adormecemos no tumulo: uma semente
A semente da fé gigante
Esperando a voz do celeste trovão
D”onde nascem filhos da ressurreição
Para sempre no infinito da nova
criação
Nesse transcendente ancoradouro
Permanecemos, pois firmes agora
Aguardando o mundo vindouro
Clavio J. Jacinto
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