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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

ALMAGINÁRIA

 

ALMAGINÁRIA

 

Sou prosélito inventor de palavras

Liberto os verbos das profundezas polares

Como chuvas debulhadas

No cesto das tempestades de um antigo verão

As cigarras cantam no entardecer

Os pássaros cantam no limiar das montanhas

Minha alma imagina os sonhos da vida

Porque o coração consegue extrair

Verdadeiros sorrisos

Quando valorizamos a grandeza das coisas

Mais simples.

 

(Clavio J. Jacinto)

 

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Balsamo de Gileade

 


BALSAMO DE GILEADE

 

Quando as feridas de morte eterna

Abriam crateras abismais dentro de mim

Onde os pecados abrigavam na densa escuridão

O frio inverno de todas minhas decepções

 

Dos gemidos de um moribundo agonizando

Mares de tristezas e tormentas colossais

Via minha alma rastejando angustias

O coração bebendo absinto de tristezas

 

Quais tumultos de hostes de negros vendavais

Gritos e sussurros de sustos banidos

As chagas fugitivas dentro do meu desespero

Meu mundo insólito de todos os medos

 

Oh!  No Calvário, Que graça mais celestial

O Senhor tomando a minhas vorazes agonias

Derramando o Sangue naquela terra fria

Untava os meus ferimentos com seu santo sacrifício

 

 

Como o Balsamo de Gileade e aromas

A doçura do amor como mel mais puro

Soprou sobre minha morte a Sua vida

A ferida mortal curada, Sou filho da ressurreição