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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Entardecer da Vida


Nas rosas deslizam metade de minhas lagrimas
Como parte das chuvas que caem nas nossas  praias
Naquelas tardes de ventos mais brandos e perfumados
Onde cantamos a doçura de nosso infinito amor

Cantam os pássaros na celebração dos sorrisos
Numa épica hora em que nossos lábios se tocam
Como o fogo das estrelas da noite fria que se aquece
Num elo que une a sacralidade do amor perpetuo

Como a relva segura nossos pés nesse sacro chão
Num abraço de tantos sorrisos entre montanhas
No céu de nuvens que protegem as lagrimas
Numa só alma, viveremos nós num só coração.

Então deixaremos o  destino escrever nossas risadas
Os choros, que em tantos rogos nunca quis
Mas passamos juntos nessa vida ingrata
Que das lâmpadas da tarde, bradei que fui feliz.



Clavio J. Jacinto

Cais do Amor


Quantas cais minha alma descansou
Como nos braços de teu eterno amor
As vogais de um poema voam
Como perfume que selou teu rosto
As flores resistem ao inverno
As glórias de um por sol de teus olhos
E como em minhas tristezas,
Achei em teus sorrisos, meu consolo
Pra sempre meu coração
Será morada de teus doces beijos
Na nostalgia de tantas saudades
Nas caladas de uma noite de palavras
Reuni todos nossos poemas
Num afeto de tantas ternuras
Numa estância de tantos abraços
Pra sempre num vigor de todos os carinhos
De mão dada em nosso santo caminho
Selados da vida aos infinitos da eternidade...

Clavio J. Jacinto

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

A Tarde e a Chuva




Que das flores épicas da estrada
Caminho da primavera e meus passos
Onde desabrocham as rosas e outros sorrisos
As veredas percorremos no coração  de mãos dadas
Que das pitangueiras e as nuvens flutuantes
Onde  pisavam nossos passos pelas montanhas
Com a sinfônica de pássaros da tarde
Com a relva verde abrigando a chuva serena
Ali mesmo naquela campina de lírios
Sobre o borbulhar das águas calmas
Nossa alma dançou entre as folhas da cidreira
Numa tarde fria de verão chuvoso
Os sonhos desatam a doçura de um beijo
Selando a eternidade de nosso amor.



Clavio J. Jacinto

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

A Sombra de Uma Arvore




Vi homens  bravos ceifando  arvores
E em tais sorrisos, ao som do progresso
O deserto lambia a relva e morria
Em mil monturos como campo de batalha

Vi as nuvens que choravam essas dores
A seiva derretida nas campinas
Homens vagos no crepitar do fogo
Da falecida e meiga arvore

Que em triste apólice de descansos
Numa noite entre os flocos de orvalho
Costurando os rasgos da natureza
Nos soluços de uma breve tempestade

Então assim, me deparei iluminado
Eu aprendi a amar as arvores
Quando descobri que suas sombras
Eram refugio para minha alma angustiada

Clavio J. Jacinto