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terça-feira, 8 de junho de 2010

MISTÉRIOS



Conte me um mistério

Um conto pra adormecer

Se nesse mundo

Tantas coisas acontecem

Ruins e boas,

Conte-me um daqueles contos de inocentes

Que morrearam assasinadas

Em guerras ou seja lá o que for

Conte me uma historia trágica

Para engrossar o caudaloso rio dos mistérios

Daqueles que nasceram para viver e se foram

Sepultando o sonhos dos outros,

Conte-me um mistério

Ou mil mistérios, como este:

Da existência de ateus e teistas

Ambos vivendo no mesmo mundo

Empurrado por uma mesma rotação

Mas andando em caminhos contrários

Ah, filósofos, seus argumentos são nevoas

Ah, religiosos, seus argumentos são fracos

Em quem devo crer?

Não é uma crise que estou passando,

Apenas uma luta contra esses mistérios

E essa minha mente que penetra das dimensões

Onde repousam as mais complexas questões

Conte-me um mistério

Para repousar na noite das minhas agruras,

Já que de mim mesmo nada tenho,

Espero que o tempo me revele essa obscuridade,

Acho que a vida é uma meia noite cósmica...

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