Vi meus próprios olhos chorarem
As lagrimas de outros,
A dor dos que se foram
E não deveriam morrer
Vi minha alma chorar
O lamento dos pequeninos
Crianças que perderam o sorriso
Na escuridão do passado
Vi meu espírito gemer
O sufocado ar da angustia das pessoas
Que aprendemos amar
Sem ao menos conhecer,
Mas sou um humano na humanidade
Sou parte de um todo
E cada um parte de mim mesmo
Isso é algo transcendente
Mas eu vi meu coração gritar
Fazer coro com os pais que perderam filhos
Filhos que perderam pais
Amigos que perderam amigos
E o meu ser se derrama como o cálido mar
Como aquelas noites quase eterna
Nas distantes terras do frio
Se fundem entre o espaço e o gelo
Eu choro por mim mesmo
Essa dor aguda que penetra em mim
Ferida aberta pela sensibilidade
Por me considerar um todo com a humanidade