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sábado, 30 de abril de 2022

Pão do Céu

 


Pão do Céu


Teve fome 

Mas é o pão da vida

Teve sede

Mas é água viva

Odiado por muitos

Porém morreu amando

Pobres pecadores como eu


Solitário orava

Pelas multidões

Não tinha um  lugar 

Para a cabeça reclinar

Mas é abrigo eterno

De todos os redimidos

Ainda muito mais por mim

Mais pobre entre pecadores


Na noite mais escura

Estrela da manhã

Das trevas do horror imundo

Brilhante luz do.mundo

Nas Chagas mortais da dor

A cura para a segunda morte

Pois Seu sangue limpa a lepra

De mim tão  pobre pecador


Se jaz a porta da vida o medo

És tu o bom pastor

Socorro presente a cada instante

Nós conduz a pastos verdejantes

Oh Senhor meu e Deus meu

Vem a mim e retira da alma, as dores

Pois sou eu o pior dos pecadores


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Clavio J Jacinto

sábado, 9 de abril de 2022

Peregrino


 

Dores




Vi uma alma afundar em todos os "ais"

Naufraga de todos os desesperos

Agonizando todos as ânsias

Sorvendo todos os cálices de amarguras

Um homem de todas as dores

Cordeiro mudo 

Padecendo no chão duro

De todas as aflições

E nessa escuridão a lembrar

Tão áspera e sórdida visão

Cortou meu pobre coração

Era o verbo morrendo

Em torturas cáusticas padecendo

Em meu lugar.

Oh! Meu Deus.

Que desamparo sofreu Teu Filho

Naquela violenta cruz

Circunstância de vil vergonha

A carne moída em frações

Eram meus pecados pesados

Sobre o Filho das amarguras

Feridas chagas sem ataduras

Perdão e justificação

Cristo venceu a morte

Ressurreição


C J Jacinto


Macieira

 


A macieira em flores

Recebe a luz de todas as auroras

Desbota-se em frutos

Reage as aflições do frio

E quando matura

Responde aos ventos

Como a pia doçura.


Clavio J. Jacinto

Trono


 Esperança regia

Pão de todas as virtudes

No coração alumia

Para que o amor

Encontre um trono

Dentro dele



Clavio J. Jacinto

Escuro


 A noite plácida cheia de calafrios

Manto de pantanos

Beco dos infieis

Sorve todas as tramas do dia

A noite tão fria

Sombria

Desarma a tarde

A luz que uma nuvem alumia

E deita-se o sol em sono profundo

Atrás do mundo

E eu cego á luz que nada enxergava

Milhares de estrelas celestes

Agora uma a uma, contava

Já não chora mais minha alma

Na ultima noite, cantava


Clavio J. Jacinto

Noturno


Corre ao meu encontro a velhice

Entardecer da vida

E que mais tarda a escura noite

Em estrelas pendentes nos olhos

Pois que de escuro breu 

As vertebras noturnas silenciam

Nos bravos sopros frios

Mas nunca perco a esperança

Meu coração em seus pesares

Espera uma hora contemplar

Aquele sol fincado na noite

Na aurora volta brilhar


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Clavio J. Jacinto

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Profundidade

 


Contemplação

 


Terra Nova

 


sábado, 2 de abril de 2022

Digital

 


Virtuais realidades

Entre o etéreo e o faz de contas

Um sonho

Brilhos incandescente

Espaço luminescente

Hipnose

Morte psicológica

Tumba  da. tecnologia

 tecnocracia

Naufrágio de tantas almas.

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C J Jacinto

sexta-feira, 1 de abril de 2022

Arado

 



Fere o homem a terra

A ceifa e o arado

A semente de mostarda

O fruto vigoroso

O vento aroma e posteridade

O homem que carrega

As ferramentas, tem;

As armas da sua dignidade


C. J. Jacinto

Eco/Parusia




(Eu penso:)


Do beijo do pó

A morte tenta reinar

Terrena intima paixão

Mas a alma transcende

Em Deus, 

Que ao chamado atende:

Ressurreição.


(Na voz d'outro poeta:)


E, se o corpo tem morte

A alma chega às portas

Da pátria eterna. Um homem


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C. J. Jacinto