A BATALHA DOS SONHOS
Revolvida na cama, minha alma sonâmbula ouve
Gritos de guerra entre os cais caídos da noite
Um sonho lutando com outro sonho
Num calabouço frio e tão medonho
Nesse campo de batalha entre a vigília e meu sono
As espadas se cruzam,
interferem na realidade etérea
A sobrevivência eterna das minhas aspirações
Meu travesseiro é a poeira do caos
Sonâmbulo nessa esfera da antemanhã
Ânsias soltas de muitos sonhos sofridos
Sofrem os arranhões da espada de meus gemidos
Na calada do silencio, as minhas ataduras
Lençóis rasgados que protegem a minha alma
Lá no intrépido de cavalos, vêm montados os sonhos
Gladiadores na militância ridícula, meus pesadelos
Um grito solto, tal raiva de um inocente
Um sonho ganha a batalha e me faz acordar
Assustado, esfrego meus olhos e vejo as nuvens
Trovoes cantam uma canção de assustar, tenho medo
Crianças indefesas choram debaixo da ponte
Outros homens em plangor tomam o cálice da enfermidade
A terra treme e as choupanas caem sobre humanos
Uma bomba brilha ao esplendor do terror
Os sonhos meus morreram , mas a batalha continua...
Clavio J Jacinto