O polén cai do céu de flores
A semente repousa doce na trincheira
A vida é um instante de guerra
A morte grita a vitória
A semente é sepultada
O silencio ocioso celebra
Mas o tempo é fiel e cruel
Transporta a colheita depois da germinação
A força da vida flui
Por trás da cova, leito da semente
Vem nos pergaminhos das eras
A sentença da multiplicação
A vida que se liberta do seio da terra
Uma flor que desabrocha
Frutos que amadurece
Eis na luz do dia
A prova irrefutavel
Que o morrer faz a vida ser
Multiplicada...
Clavio J. Jacinto